🏀LBF 2024 – 2° turno – 15° rodada – Corinthians 65×82 Santo André

Corinthians volta a oscilar, joga mal diante do AD Santo André e sofre dura derrota na LBF

Atuação irregular marca revés no Ginásio Wlamir Marques

Na manhã deste domingo, o Corinthians voltou a encontrar dificuldades na disputa da Liga de Basquete Feminino (LBF) ao ser superado pelo AD Santo André no Ginásio Wlamir Marques, em São Paulo. O jogo, disputado às 11h, terminou com uma amarga derrota por 82 a 65 para a equipe visitante. A atuação alvinegra foi marcada por muitos erros, especialmente no primeiro tempo, quando as alvinegras foram dominadas pelo alto aproveitamento do adversário nas bolas de três.

O resultado interrompe uma breve sequência positiva da equipe comandada por Cristiano Cedra, que havia vencido o líder Sesi Araraquara na rodada anterior. A oscilação voltou a preocupar, sobretudo pela proximidade do encerramento da fase classificatória e a necessidade de garantir uma das oito vagas nos playoffs. O Corinthians ocupa agora a sétima colocação, com sete vitórias e oito derrotas na competição.

Desorganização e apatia: o primeiro tempo que custou caro

O desempenho do Corinthians nos dois primeiros quartos da partida foi determinante para o resultado final. Desde o início, a equipe mostrou dificuldades para se impor, tanto ofensivamente quanto defensivamente. A falta de domínio nos rebotes e a baixa efetividade nas finalizações deixaram o time alvinegro sempre em desvantagem.

Logo nos minutos iniciais, a adversária se destacou com o forte aproveitamento nos arremessos de longa distância. Foram três bolas de três convertidas logo no começo, estabelecendo uma liderança que não foi mais ameaçada. A única pontuação expressiva nos primeiros quatro minutos veio de Gil Justino, autora dos cinco primeiros pontos do Corinthians.

A tentativa de reação veio com substituições promovidas por Cristiano Cedra, que colocou em quadra Clarissa dos Santos e Ta’sharra, mas a equipe continuava cedendo espaços e contra-ataques, enquanto via o rival dominar os rebotes e ampliar o placar. O primeiro quarto terminou com vitória parcial do AD Santo André por 23 a 14.

O segundo quarto começou com uma breve melhora. O Corinthians conseguiu reduzir a diferença para seis pontos, com boas jogadas de meia distância e uma defesa mais ajustada nos minutos iniciais. Porém, a superioridade técnica do adversário voltou a prevalecer. Mais uma vez, as bolas de três castigaram o time alvinegro, e a vantagem aumentou para 15 pontos ao final do primeiro tempo: 45 a 30.

Reação insuficiente no segundo tempo

Na volta do intervalo, o Corinthians ensaiou uma recuperação. A equipe mostrou mais organização em quadra e conseguiu vencer o terceiro quarto, o único período positivo da partida. Destaque para a atuação da pivô Clarissa dos Santos, que dominou os rebotes e foi a principal pontuadora do time no momento de maior equilíbrio do duelo.

Apesar da melhora, os erros persistiram e a diferença construída no primeiro tempo manteve o AD Santo André confortável no jogo. O terceiro quarto terminou com o placar em 60 a 49, mantendo uma desvantagem de 11 pontos para o Corinthians, que, embora mais competitivo, ainda não apresentava soluções consistentes para reverter o cenário.

Últimos minutos de frustração

No quarto final, o técnico Cristiano Cedra tentou incentivar suas jogadoras com a perspectiva de uma virada. A diferença no placar era considerável, mas não intransponível. O Corinthians começou melhor, conquistando mais rebotes e diminuindo a distância para sete pontos com uma bola de três de Ta’sharra.

Entretanto, o fôlego foi curto. Em sequência, a equipe alvinegra sofreu quatro pontos consecutivos e viu o adversário retomar o controle. A partir dos cinco minutos finais, o AD Santo André voltou a dominar e administrar a vantagem com eficiência, aproveitando os erros ofensivos do Corinthians e finalizando a partida com uma vitória expressiva por 82 a 65.

Desfalques e limitações no elenco

Para a partida, o Corinthians não pôde contar com duas jogadoras importantes: Tainá Paixão, que esteve fora por conta do regulamento da competição, e Tati Pacheco, lesionada. A ausência das duas foi sentida, especialmente na construção ofensiva e na rotação do elenco.

O quinteto titular foi formado por Ariadna Capiró, Micaela Duarte, Julia Schmauch, Mari Dias e Gil Justino. Já as opções no banco incluíam Thalita Silva, Ta’sharra, Clarissa dos Santos, Kelly Santos e Adrielly Oliveira.

Adversário eficiente e superior

O AD Santo André teve méritos inegáveis. Desde o início, impôs um ritmo forte e soube explorar as fragilidades do Corinthians. Com uma estratégia bem definida, abusou das bolas de três e dominou os rebotes, aspectos fundamentais para consolidar a vitória fora de casa.

A equipe iniciou a partida com Ribeiro, Oliveira, Carcavalli, Gonçalves e Larissa, mostrando entrosamento e boa execução tática, mesmo diante da torcida alvinegra no Wlamir Marques.

Sequência exige resposta rápida

O Corinthians não tem muito tempo para lamentar. O próximo desafio já está marcado: será na terça-feira, 14 de maio, diante do Sampaio Basquete, fora de casa. Com apenas mais alguns compromissos antes do término da fase classificatória, cada jogo se torna decisivo para garantir a vaga nos playoffs e tentar uma recuperação na tabela.

O momento exige mais consistência da equipe, que alterna grandes atuações — como a vitória contra o líder Sesi Araraquara — com desempenhos muito abaixo do esperado, como o deste domingo. A irregularidade tem sido o principal obstáculo para o Corinthians engrenar de vez na temporada.

Reflexões e ajustes urgentes

A derrota para o AD Santo André escancarou as limitações atuais da equipe alvinegra. Faltou imposição nos rebotes, precisão nos arremessos e, principalmente, concentração. As adversárias encontraram liberdade para arremessar, enquanto o Corinthians pouco conseguiu reagir às investidas constantes de fora do perímetro.

Além disso, o time pecou na transição defensiva e nos momentos de decisão ofensiva. Apesar da boa participação de nomes como Clarissa dos Santos e Gil Justino, foi evidente que o coletivo não funcionou de maneira harmônica, especialmente no primeiro tempo.

Para seguir vivo na competição e sonhar com uma campanha mais sólida na reta final da primeira fase, será necessário corrigir os erros e retomar o padrão tático demonstrado nas melhores apresentações da temporada. O apoio da torcida, fundamental nos momentos difíceis, continuará sendo um diferencial nas próximas partidas.

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