Na manhã deste sábado, a expectativa era alta para a final da Copa São Paulo de Futebol Júnior, a famosa Copinha. O Corinthians, um dos grandes favoritos, se encontrou diante de sua maior rival, o São Paulo, no retorno triunfal do Estádio do Pacaembu, que foi tomado por torcedores rivais em uma atmosfera eletrizante.
Contudo, o que se esperava ser um momento de glória se transformou em frustração e tristeza para a torcida alvinegra, com uma histórica virada do Tricolor, culminando em um placar de 3 a 2.
O início da partida foi marcado por uma disputa acirrada, com o Corinthians se mostrando firme e determinado. Não demorou para que o Timãozinho marcasse seus dois primeiros gols, com Denner e Gui Negão, colocando a equipe em vantagem de 2 a 0 no primeiro tempo.
A festa parecia garantir um caminho tranquilo para a conquista do título, mas a alegria durou pouco. Aos 45 minutos, Paulinho, do São Paulo, conseguiu marcar e deu um respiro a seus companheiros, diminuindo a diferença no placar e acendendo uma chama de esperança para a segunda etapa.
No entanto, foi no segundo tempo que o pesadelo começou para o Corinthians. Longe de sua melhor forma, a equipe apresentou um desempenho apático e não conseguiu reagir à pressão imposta pelo adversário.
A virada do São Paulo foi rápida e contundente: em jogadas aéreas que surpreenderam a defesa do Timãozinho, os comandados de Orlando Ribeiro viram-se em situação desesperadora.
O empate veio com um cabeceio potente de Andrade, seguido pelo terceiro gol, novamente marcado por Paulinho, que selou a reviravolta dramática no placar.
A sensação de impotência tomou conta dos jogadores do Corinthians, que não conseguiram mais ameaçar a meta são-paulina, mesmo após os prolongados seis minutos de acréscimos concedidos pela arbitragem. A equipe lutou, mas a saída de Luiz Fernando, expulso na semifinal contra o Grêmio, pareceu fazer falta em um jogo de tamanha importância.
O técnico Orlando Ribeiro tentou contornar a situação com substituições, mas a entrada de Vitinho Dourado e Lucas Corrêa não trouxe a mudança esperada para o ataque alvinegro.
A incapacidade de aproveitar as oportunidades e a desorganização defensiva foram determinantes para a derrota amarga. O Pacaembu, que antes vibrava com a esperança de um título, agora via a torcida do São Paulo celebrar efusivamente enquanto os jovens jogadores do Corinthians deixavam o campo com os semblantes carregados, refletindo a frustração de quem estava tão perto da vitória e a viu escorregar entre os dedos.
A atuação do Corinthians, que até os 43 minutos do primeiro tempo mostrava uma performance sólida e promissora, foi destroçada em um intervalo crucial. O time, que estabeleceu um bom controle no começo da partida, viu-se perdido e sem ideias em um segundo tempo desastroso. O estardalhaço da torcida rival ecoava como um lembrete cruel da fragilidade emocional enfrentada pelo elenco.
Agora, resta ao Corinthians lidar com a dor da derrota e as críticas que inevitavelmente surgirão. Ser vice-campeão pode parecer um reconhecimento de mérito, mas dentro do coração de cada torcedor alvinegro, o gosto amargo da frustração predomina. O sonho do título se distanciou e a análise sobre o desempenho da equipe nos próximos dias será crucial para que o clube encontre o caminho da recuperação e volte ainda mais forte nas próximas competições.
Enquanto isso, o São Paulo festeja mais um título da Copinha, elevando suas esperanças e consolidando um legado que sempre foi rival aos sonhos corintianos. Para o Timãozinho, a promessa de um futuro melhor deve se traduzir em aprendizado e superação. É preciso erguer a cabeça e se preparar para os próximos desafios, afinal, as derrotas também fazem parte da formação de grandes jogadores e das equipes que sonham em se tornar campeãs.
Com o apito final, a história da final da Copinha 2025 ficará gravada na memória dos que acompanharam esse confronto épico. O Corinthians mostrou sua garra, mas a lição aprendida no Pacaembu foi clara: em jogos decisivos, a concentração e a determinação precisam acompanhar a habilidade técnica.
Neste momento, a torcida do Timão se despede da competição com um sentimento de tristeza, mas também com a esperança de que, na próxima edição, o resultado seja diferente e a glória finalmente chegue.
O trabalho árduo e a união da equipe devem ser o foco nas semanas seguintes, pois, como em todo grande clube, a busca incessante por títulos nunca termina.
Ficha técnica
Competição: Copa São Paulo de Futebol Júnior
Local: Municipal Paulo Machado de Carvalho, São Paulo, SP
Data: 25 de janeiro de 2025 (sábado)
Horário: 10h00 (de Brasília)
Árbitro: Marianna Nanni Batalha
Assistentes: Raphael de Albuquerque de Lima e Denis Matheus Afonso Ferreira
Gols: Denner, Gui Negão (Corinthians); Paulinho (duas vezes) e Andrade (São Paulo)
Cartões amarelos: Pedro Thomas, Bahia, Nicollas e Gui Negão (Corinthians); Maik, Alves e Tetê (São Paulo)
CORINTHIANS: Kauê; Caipira, Fernando Vera, Caio Garcez e Denner; Pedro Thomas (Caraguá), Bahia (Nicolas Araújo) e Dieguinho (Richard); Pellegrin (Vitinho Dourado) (Luiz Eduardo), Nicollas (Lucas Gabriel) e Gui Negão.
Técnico: Orlando Ribeiro
SÃO PAULO: João Pedro; Maik (Raphinha), Andrade, Negrucci, Guilherme Reis, Lucca (Tetê), Hugo (Samuel) (Pedro Ferreira), Alves, Ferreira, Lucas Loss (Osorio) e Paulinho (Bezerra).
Técnico: Allan Barcellos