Corinthians é dominado e humilhado pelo Palmeiras em Derrota por 2 a 0 na Arena Barueri
Neste sábado, o Corinthians fez sua estreia na terceira rodada do Campeonato Brasileiro enfrentando o Palmeiras, em um Dérbi marcado pela superioridade do rival, que impôs um ritmo intenso e finalizou o duelo com uma vitória acachapante por 2 a 0.
A partida, realizada na Arena Barueri, revelou a fragilidade da equipe alvinegra, que saiu de campo com um desempenho aquém das expectativas e a certeza de que mudanças urgem na estrutura do time.
Logo nos primeiros minutos do primeiro tempo, o clima tenso já se instalava. Um cartão amarelo ao defensor André Ramalho, aos quatro minutos, sinalizava que o embate seria marcado por disputas acirradas. O Palmeiras, jogando em casa, mostrou-se mais incisivo, controlando a posse de bola e apresentando maior objetividade nas tentativas de gol.
Em contrapartida, o Corinthians parecia perdido, sem conseguir se encontrar em meio à pressão adversária.
Era nítido que durante a partida, o Corinthians resolveu fazer como nas finais do campeonato paulista, vamos dar a bola para o adversário e depois vamos ver o que podemos fazer, jogamos assim na primeira partida da final e na segunda partida no qual se sagrou campeão
O que não contávamos era que o adversário iria surpreender e simplesmente acertar os chutes e virem para cima com tudo.
A primeira grande chance da partida veio aos 13 minutos, quando Matheus Donelli fez uma defesa milagrosa em finalização de Gustavo Gómez, permitindo o alívio temporário dos corinthianos. Contudo, esse alívio foi efêmero. Após um escanteio, Piquerez encontrou espaço para finalizar de longe, abrindo o placar com um chute preciso que deixou a defesa alvinegra estática. A situação se complicou ainda mais dois minutos depois, quando Emiliano Martínez ampliou a vantagem palmeirense com outro lindo gol de fora da área.
A partir de então, o Corinthians se viu afundado em suas próprias limitações.
A criatividade parecia ter desaparecido, e a equipe se restringiu a tentativas frustradas de reagir. Apesar de Memphis Depay ter tentado assumir a liderança, sua participação ficou comprometida pela falta de apoio e pela marcação cerrada dos jogadores do Palmeiras. As chances corinthianas foram escassas, e a melhor jogada da primeira etapa surgiu apenas aos 33 minutos, quando Memphis conseguiu criar uma oportunidade para Yuri Alberto, que finalizou de maneira precipitada, sem levar real perigo ao gol rival.
A intensidade do jogo se refletiu nas estatísticas: foram distribuídos dez cartões amarelos — seis para o Palmeiras e quatro para o Corinthians —, resultando em uma partida marcada por faltas e confusões constantes, como se estivéssemos presenciando um verdadeiro campo de batalha. O primeiro tempo terminou com um placar que já poderia parecer irreversível para o Timão.
Na etapa final, a esperança de uma reação corinthiana não se concretizou. Com duas alterações feitas pelo técnico Emiliano Díaz — Hugo na lateral-esquerda e Romero no meio-campo — o Corinthians parecia ter renovado suas esperanças, mas logo percebeu que a realidade era bem mais cruel. No primeiro minuto, o Palmeiras quase marcou novamente, quando Facundo Torres cabeceou no travessão após uma bela jogada.
Embora o Corinthians tenha tentado controlar a posse de bola, ficou evidente que isso não se convertia em efetividade ofensiva. As tentativas de chutes longos de Hugo e oportunidades esporádicas foram insuficientes para ameaçar a defesa palmeirense, que teve o goleiro Weverton como mero espectador. O jogo continuou dominado pela superioridade do Palmeiras, que mesmo tendo um gol anulado por impedimento, seguia pressionando, mostrando-se muito mais organizado e coeso.
As substituições de Díaz, que incluíam a entrada de Héctor Hernández em busca de um novo fôlego no meio-campo, não surtiram efeito. O Timão permanecia acuado e dependia do talento individual em raras oportunidades de ataque. A única finalização certa do Corinthians ocorreu somente nos acréscimos, quando Hugo arriscou um chute de longa distância, obrigando Weverton a fazer sua primeira defesa no jogo. Isso retrata o quão apagada foi a atuação da equipe alvinegra, que contou com a participação errática de seus principais jogadores, entre eles Yuri Alberto, que praticamente não foi acionado durante todo o confronto.
O resultado final de 2 a 0 não apenas representa mais uma derrota para o Corinthians, mas uma clara demonstração da necessidade urgente de reavaliações na estrutura da equipe. O Timão ocupa atualmente a sexta colocação do Campeonato Brasileiro, somando apenas quatro pontos, uma posição que está longe dos padrões exigidos pela torcida e pela história do clube.
Em suma, o Corinthians apresentou uma performance desalentadora diante de seu maior rival, e a atuação em campo deixou claro que a equipe precisa de um verdadeiro choque de gestão e uma reformulação tática urgente se realmente deseja voltar a ser uma força competitiva no futebol brasileiro. Com um calendário carregado pela frente, o desafio será entender como resgatar a identidade do clube e dar aos torcedores a resposta que tanto anseiam. A próxima semana se apresenta repleta de desafios, e a Comissão Técnica tem um trabalho difícil pela frente, exigindo soluções rápidas em busca da recuperação na temporada.
E fica um questionamento.
Alguém que ganha três milhões por mês, não põe pé em dividida, tem que decidir jogo grande, é fácil fazer gol em time pequeno e fazer jogadinhas para tiktok.
Ficha Técnica do jogo
Competição: Campeonato Brasileiro
Local: Arena Barueri, Barueri, SP
Data: 12 de abril de 2025 (sábado)
Horário: 18h30 (de Brasília)
Árbitro: Rafael Rodrigo Klein
Assistentes: Rafael da Silva Alves e Michael Stanislau
Árbitro de vídeo: Wagner Reway
Gols: Emiliano Martínez e Piquerez (Palmeiras)
Cartões amarelos: Weverton, Bruno Fuchs, Gustavo Gómez, Micael, Emiliano Martínez, Richard Ríos e Abel Ferreira (Palmeiras); Matheuzinho, André Ramalho, José Martínez, Memphis Depay e Yuri Alberto (Corinthians)
Público: 19.297 torcedores
Renda: R$ 1.172.275,00
PALMEIRAS: Weverton; Bruno Fuchs (Agustín Giay), Gustavo Gómez e Micael; Felipe Anderson, Emiliano Martínez, Richard Ríos (Aníbal Moreno) e Piquerez; Estêvão (Paulinho), Facundo Torres e Vitor Roque (Flaco López).
Técnico: Abel Ferreira
CORINTHIANS: Matheus Donelli; Matheuzinho, André Ramalho, Cacá e Matheus Bidu (Hugo Farias); Raniele (Romero), André Carrillo, José Martínez (Héctor Hernández) e Breno Bidon; Memphis Depay e Yuri Alberto.
Técnico: Emiliano Díaz