Corinthians sofre com primeiro tempo abaixo e é derrotado por Bauru fora de casa pelo NBB
Na noite deste domingo (10), o Corinthians voltou a enfrentar dificuldades no Novo Basquete Brasil (NBB) e conheceu sua 13ª derrota na competição. Jogando fora de casa, no tradicional Ginásio Panela de Pressão, em Bauru, o time alvinegro teve um desempenho apagado na primeira metade do jogo e, apesar de mostrar poder de reação no segundo tempo, foi superado pelos donos da casa pelo placar de 74 a 64.
Com o revés, o Corinthians encerra sua sequência de vitórias recentes e permanece com 13 triunfos em 26 jogos, ocupando a nona colocação na tabela do NBB. A equipe comandada por Jece Leite voltou a apresentar oscilação ao longo dos quatro períodos e, sobretudo no primeiro tempo, sofreu com problemas ofensivos e com a forte marcação imposta pelos adversários.
O resultado evidencia a instabilidade do time nesta fase do campeonato e deixa um sinal de alerta para os próximos compromissos, especialmente em um momento decisivo da competição. O Timão volta à quadra apenas no dia 27 de fevereiro, quando enfrentará o Franca Basquete, fora de casa, pela 27ª rodada.
Escalações
O Corinthians iniciou a partida com a seguinte formação titular: Cauê Borges, Victão, Elinho, Rafael Munford e Lucas Cauê. Ao longo do confronto, também entraram: Tico Faria, Kauan Raymundo, Du Sommer e Melvin Johnson.
Já o Bauru Basquete, comandado pelo técnico Paulo Jaú, entrou em quadra com: Brite, Gustavo, Alex, Wesley Mogi e Andrezão.
Primeiro quarto: equilíbrio inicial, mas Bauru dispara com bolas de longa distância
O Corinthians começou bem o duelo. Demonstrando intensidade defensiva, a equipe conseguiu conter os avanços dos donos da casa nos primeiros minutos. Lucas Cauê inaugurou o placar para o Timão após assistência de Elinho, e a equipe manteve equilíbrio no placar até os cinco minutos, com cestas importantes de três pontos anotadas por Cauê Borges e Elinho.
No entanto, a partir da metade do período, o Bauru encontrou o caminho das bolas longas, especialmente com Wesley Mogi, e rapidamente virou o jogo. Três cestas seguidas de três pontos abalaram o sistema defensivo alvinegro, que passou a demonstrar desorganização e lentidão nas coberturas.
Mesmo com o pedido de tempo técnico de Jece Leite, o Timão não conseguiu se reestabelecer, e viu os mandantes abrirem uma vantagem considerável. O primeiro quarto terminou com o placar de 21 a 14 para o Bauru.
Segundo quarto: erros ofensivos e domínio bauruense ampliam a diferença
O segundo quarto foi o mais preocupante para o Corinthians. A equipe voltou do intervalo entre períodos desorganizada, cometendo erros seguidos de passes e arremessos. A tentativa de reagir com bolas de três se mostrou ineficaz, com um aproveitamento muito abaixo da média.
O Bauru, por outro lado, manteve o ritmo e ampliou sua vantagem com ataques rápidos e bem coordenados, principalmente com Brite e Mogi. A defesa corinthiana se mostrou desatenta e permissiva, permitindo infiltrações e rebotes ofensivos do adversário. Aos cinco minutos de quarto, a diferença já era de 17 pontos: 33 a 16.
Elinho ainda tentou uma reação, com cinco pontos seguidos que resultaram em tempo pedido por Paulo Jaú, técnico do Bauru. A entrada de Melvin Johnson deu novo fôlego ao Corinthians, que passou a competir melhor nos minutos finais. Ainda assim, o primeiro tempo terminou com o placar desfavorável de 41 a 25 para os donos da casa.
Terceiro quarto: Timão mostra garra, mas ainda com aproveitamento baixo
Na volta do intervalo, o Corinthians tentou imprimir mais intensidade, mas esbarrou novamente em erros básicos. Victão, um dos principais pontuadores da equipe na temporada, estava irreconhecível. Com um aproveitamento de apenas 3,6% nos arremessos até então, o ala-armador acumulava falhas ofensivas.
Melvin Johnson foi o grande nome do Timão neste momento. Com movimentação eficiente e boas finalizações, ajudou a equipe a esboçar uma reação. O time passou a celebrar cada ponto como combustível emocional para uma virada improvável.
Com Raymundo, Elinho e Johnson mais envolvidos, o Corinthians venceu o quarto por 20 a 18, diminuindo a vantagem para 14 pontos: 59 a 45. Ainda era uma diferença significativa, mas o desempenho foi um alento em meio à atuação irregular até então.
Último quarto: esforço final não é suficiente para evitar derrota
O quarto período começou com uma leve melhora corinthiana. Contudo, o cansaço físico e a limitação técnica em alguns setores do time passaram a pesar. O Bauru, experiente e consciente do placar, diminuiu o ritmo e passou a administrar a partida com inteligência.
Alex, do Bauru, brilhou nos primeiros minutos do período, anotando cinco pontos em sequência e se tornando o cestinha do jogo. O Corinthians até conseguiu segurar o rival por alguns minutos, mas não teve forças para fazer o placar deslanchar a seu favor. Aos cinco minutos, o placar apontava 67 a 55.
A equipe de Jece Leite até ensaiou uma pressão nos minutos finais, mas faltou tempo, fôlego e, principalmente, aproveitamento nos arremessos. O cronômetro correu a favor dos donos da casa, que garantiram a vitória por 74 a 64, frustrando a reação alvinegra e encerrando a sequência de triunfos do Corinthians.
Repercussão
Em entrevista após o jogo, o técnico Jece Leite comentou a oscilação da equipe: “O time até teve um bom começo, mas caímos muito de produção com as bolas de três do Bauru. Tentamos ajustar, reagimos bem no segundo tempo, mas ficou difícil com a diferença criada antes do intervalo”.
Melvin Johnson, um dos destaques da equipe, lamentou o resultado, mas elogiou o esforço do time: “Demos tudo o que podíamos. Lutamos até o fim. Essa derrota serve de aprendizado para não deixarmos o adversário se distanciar tanto assim no placar novamente”.
Já Elinho, capitão em quadra, foi direto ao falar da responsabilidade do elenco: “Não podemos repetir esse primeiro tempo. Sabemos que somos melhores do que mostramos hoje. Agora é olhar para frente e buscar a recuperação contra o Franca”.
Próximo compromisso
O Corinthians terá um intervalo de duas semanas até seu próximo compromisso. No dia 27 de fevereiro, a equipe visita o Franca Basquete, fora de casa, em mais um duelo difícil pelo NBB. Será uma nova chance de recuperação e de mostrar que a oscilação ficou para trás.
Com a reta final da primeira fase do NBB se aproximando, cada partida passa a ter peso decisivo na briga por uma posição mais favorável nos playoffs. A Fiel torcida segue na expectativa por uma resposta positiva dentro de quadra.