🏀NBB 2024/2025 – 24° rodada – Corinthians 74×65 Paulistano

Timão cresce no momento decisivo, vence o Paulistano por 74 a 65 e mantém embalo no NBB

Em uma noite de muita entrega, superação e domínio nos momentos cruciais, o Corinthians venceu o Paulistano por 74 a 65, no Ginásio Hugo Ramos, em Mogi das Cruzes, e conquistou mais uma vitória importante no Novo Basquete Brasil (NBB). Com um último quarto seguro e uma virada construída com inteligência, o time comandado por Jece Leite demonstrou maturidade para superar as adversidades e somar mais dois pontos fundamentais na tabela da competição.

Foi um duelo repleto de alternâncias, com as defesas levando vantagem sobre os ataques durante boa parte da partida. No entanto, a frieza corinthiana nos minutos finais e o talento individual de nomes como Cauê Borges, Rafael Munford e Elinho fizeram a diferença em um clássico estadual equilibrado do início ao fim. O resultado marca mais um passo firme da equipe na luta por uma vaga entre os primeiros colocados da temporada regular do NBB.

Um jogo de altos e baixos — mas com final feliz

A noite começou com os dois times encontrando dificuldades para pontuar, reflexo do bom posicionamento defensivo de ambos os lados. A intensidade na marcação era visível, e a pontuação demorou a subir no placar. O Corinthians tentou explorar a movimentação de Rafael Munford e a experiência de Elinho, que somaram juntos oito pontos nos primeiros cinco minutos. Mas o Paulistano respondia na mesma moeda, encontrando espaços com Crescenzi e Dória.

A reta final do primeiro quarto viu a equipe adversária se impor ligeiramente. Com um melhor aproveitamento nas transições e uma defesa sólida liderada por Landeira, o Paulistano conseguiu abrir cinco pontos de vantagem, vencendo o período por 22 a 17. Jece Leite, atento à queda de ritmo do Timão, pediu um tempo técnico para reorganizar suas peças.

No segundo quarto, o Paulistano voltou ainda mais forte. Com um início avassalador, colocou rapidamente dez pontos de frente e parecia caminhar para controlar a partida. Landeira, mais uma vez, era o pilar defensivo e dificultava as ações do garrafão corinthiano. O Timão encontrava dificuldades para infiltrar, e os arremessos de média distância não caíam.

Foi então que Cauê Borges apareceu. O ala começou a se soltar no jogo, comandando o ataque alvinegro com personalidade. Com cestas importantes e movimentação sem bola eficiente, ele ajudou a reduzir a vantagem adversária para apenas quatro pontos. As assistências de Elinho também foram decisivas nesse momento de reação. O técnico Demétrius Ferracciú, do Paulistano, pediu tempo para tentar conter o ímpeto corinthiano, mas a equipe da capital paulista já não apresentava o mesmo volume ofensivo. O intervalo chegou com o placar em 34 a 30 para o Paulistano, e o jogo completamente aberto.

Reação com autoridade: Corinthians vira com frieza

Na volta do intervalo, o panorama seguia equilibrado. O terceiro quarto manteve o nível alto de tensão, com marcações pressionadas e ataques buscando espaços milimétricos. O Corinthians começou a encontrar vantagem ao forçar erros do adversário. A defesa corinthiana se postava com mais solidez, especialmente com Lucas Cauê e Rafael Munford protegendo bem o aro e contestando os arremessos com mais eficiência.

Com pouco mais de quatro minutos jogados, o Timão já havia empatado o confronto, e dali em diante o duelo seguiu ponto a ponto. O Paulistano até tentava reagir com arremessos longos, mas a pontaria já não era a mesma. A intensidade física começava a cobrar seu preço, e o Corinthians aproveitava.

O grande momento veio nos segundos finais do terceiro período. Com o jogo empatado, a bola caiu nas mãos de Victão, que não hesitou: arremesso certeiro de três pontos a menos de 20 segundos do fim e virada para o Timão. O placar marcava 49 a 46, e a atmosfera no Ginásio Hugo Ramos ganhava contornos decisivos.

Quartos finais de maturidade e comando corinthiano

O último período começou com o Corinthians impondo sua presença logo nos primeiros segundos com cesta de dois pontos. No entanto, a equipe perdeu ritmo nos minutos seguintes e viu o Paulistano voltar a crescer, aproveitando alguns erros ofensivos do adversário. Com sete minutos no relógio, o empate voltou ao placar, forçando Jece Leite a parar o jogo novamente para reorganizar sua equipe.

E a resposta foi imediata. O Corinthians retornou ao jogo com outra postura, tanto emocional quanto tática. Elinho passou a controlar melhor o ritmo, fazendo valer sua experiência em jogos desse porte. Rafael Munford voltou a aparecer em momentos cruciais, pontuando com eficiência e ajudando na construção ofensiva. Já Cauê Borges assumiu a responsabilidade quando o jogo mais exigia: chamou a bola para si, infiltrou, forçou faltas e converteu lances livres preciosos.

A equipe da capital paulista começou a perder intensidade e abusar das jogadas forçadas. Com isso, o Timão administrou a vantagem conquistada e ainda ampliou nos minutos finais, selando a vitória por 74 a 65. Uma exibição de personalidade, que mostra um time crescendo no momento certo da temporada.

Destaques individuais e méritos coletivos

A vitória corinthiana não pode ser explicada por um único nome. Cauê Borges foi, sim, fundamental, especialmente na reta final, com pontuação consistente e imposição física. Rafael Munford teve atuação completa, sendo decisivo no garrafão e no perímetro, enquanto Elinho, como sempre, se destacou pela leitura de jogo e pela capacidade de envolver os companheiros com passes precisos.

O banco de reservas também contribuiu, especialmente com Victão, que teve papel importante ao converter a bola da virada no terceiro quarto. A rotação promovida por Jece Leite permitiu que o time mantivesse intensidade durante todo o jogo — fator que fez a diferença quando o Paulistano começou a cair fisicamente.

Próximo compromisso e perspectivas

Com a vitória, o Corinthians segue em ascensão no NBB e demonstra força para brigar por posições mais altas na tabela. A equipe volta à quadra nesta quinta-feira, dia 13, às 19h, quando enfrentará o Minas Tênis Clube, na Arena UniBH, em mais um confronto direto na parte de cima da classificação.

Será mais um teste importante para o Timão, que tem mostrado amadurecimento jogo a jogo, construindo uma identidade coletiva pautada em intensidade defensiva, transição rápida e inteligência nos momentos cruciais.

A Fiel tem motivos para comemorar. O basquete do Corinthians vem evoluindo, se consolidando como uma das forças do NBB 2025.
E se depender da raça e da entrega vistas em quadra nesta terça-feira, o sonho de uma grande campanha segue vivo — e cada vez mais possível.

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