🏀Paulista de Basquete 2024 – 1° Turno – 6° rodada – Franca 81×63 Corinthians

Corinthians é superado pelo Franca e vê sequência interrompida no Paulista de Basquete

No Pedrocão, Timão até equilibra início, mas cai de rendimento e sofre derrota dura diante de adversário tradicional

Na tarde deste domingo (18), o Corinthians enfrentou mais um desafio pelo Campeonato Paulista de Basquete e saiu de quadra com uma dura derrota para o SESI Franca, atual campeão brasileiro e uma das principais forças da modalidade no país. Em jogo disputado no Ginásio Pedro Morilla Fuentes, o Pedrocão, o Timão até começou equilibrando as ações, mas viu a equipe mandante crescer ao longo dos quartos e acabou superado por 81 a 63.

A partida marcou a sexta rodada do Estadual para o clube do Parque São Jorge, que agora soma três vitórias e três derrotas na competição. Com o revés, o Corinthians foi ultrapassado por três adversários na tabela de classificação – o próprio Franca, além de Mogi Basquete e Osasco –, e caiu para a sétima posição, deixando escapar a chance de se consolidar no grupo de cima da tabela.

A equipe volta à quadra na próxima sexta-feira, dia 23, às 19h30, quando visita a Liga Sorocabana de Basquete (LSB), em Votorantim, pela sétima rodada. Será uma oportunidade para buscar reabilitação e manter vivo o objetivo de classificação para as fases decisivas do torneio.

Escalações

Para o confronto contra o Franca, o técnico Jece Leite mandou à quadra o quinteto formado por Isaac Thornton, Vitão Camilo, Rafael Munford, Lucas Cauê e Elinho Corazza. No banco, o Corinthians contou com Tico Farias, Lucas Cardoso, Cauê Borges, Enrico Bianchi, Matheus Jamelão e Jonathan Cristian.

Já o time da casa, comandado por Helinho, iniciou com uma base forte e experiente: Facundo Corvalán, Georginho de Paula, Lucas Dias, Charles Hinkle e Rafael Hettsheimeir – atletas com passagens pela Seleção Brasileira e larga rodagem em competições de alto nível.

Primeiro quarto: igualdade construída com esforço

O início de jogo foi promissor para o Corinthians, que mesmo diante da força do adversário, conseguiu manter equilíbrio no placar. Apesar de desperdiçar algumas boas oportunidades, a equipe alvinegra teve méritos em suas movimentações ofensivas, especialmente com Elinho e Vitão. O armador conduziu a criação de jogadas com inteligência, enquanto o camisa 10 brigava no garrafão e também contribuía do perímetro.

Charles Hinkle foi o destaque do Franca no período, somando oito pontos com bandejas e boa presença ofensiva. Ainda assim, no último lance do quarto, Elinho tentou uma bola de três, que tocou o aro e sobrou para Munford, que cravou os dois pontos que decretaram o empate em 23 a 23.

Segundo quarto: vantagem construída nos detalhes

O segundo período teve um início animador para o Corinthians. Com consistência defensiva e transições rápidas, o time conseguiu abrir uma vantagem de seis pontos, com destaque novamente para Elinho, que acertou uma bela bola de três e comandava a equipe em quadra com liderança e personalidade.

No entanto, a inconsistência que tem sido uma marca negativa nesta fase inicial da competição voltou a aparecer. O time passou a desperdiçar boas chances ofensivas e foi punido por um Franca clínico em suas conclusões. Vitão perdeu uma bola fácil debaixo da cesta, e no contra-ataque o Franca marcou de três com precisão.

Com o ritmo em queda, a equipe do técnico Jece Leite ainda tentou reagir, mas esbarrou em erros ofensivos e em uma defesa que começou a dar mais espaço. Elinho continuou tentando articular, mas a equipe mandante tomou o controle do jogo e foi para o intervalo com vantagem: 41 a 34.

Terceiro quarto: melhora insuficiente para virar

O Corinthians voltou do intervalo disposto a retomar o controle da partida, e chegou a mostrar evolução. Rafael Munford e Elinho foram os principais nomes no período, com boa movimentação e arremessos certeiros. Munford, inclusive, foi eficiente tanto dentro do garrafão quanto fora dele, mostrando versatilidade.

No entanto, o crescimento corinthiano foi interrompido por dois fatores decisivos: as faltas cometidas e a força do elenco do Franca. Lucas Cauê cometeu uma falta flagrante que esfriou a reação do time, e o adversário respondeu com frieza. Hettsheimeir e Lucas Dias foram fundamentais para recolocar os donos da casa em vantagem confortável.

Apesar de ter feito mais pontos do que no segundo quarto, o Timão não conseguiu reverter o cenário. O Franca administrou bem a vantagem e encerrou o período à frente: 58 a 49.

Último quarto: queda de produção sela a derrota

No último período, o Corinthians pareceu sentir o desgaste físico e psicológico da partida. O time voltou a apresentar erros no ataque e cedeu muitos espaços na defesa, permitindo jogadas plásticas do Franca, como a ponte aérea convertida por Nathan Mariano em uma bela enterrada que empolgou a torcida local.

O ataque corinthiano sofreu com a falta de criatividade e com finalizações apressadas. Com as linhas defensivas expostas, a equipe não conseguiu mais competir de igual para igual com o adversário. As bolas de três, que haviam sido um recurso importante em partidas anteriores, desta vez não caíram com frequência.

O técnico Jece Leite optou por rodar o elenco nos minutos finais, promovendo a entrada de jovens como Enrico Bianchi e Matheus Jamelão, buscando dar rodagem e poupar os titulares para os próximos compromissos.

O placar final de 81 a 63 evidenciou a superioridade do Franca no decorrer da partida e expôs, mais uma vez, as oscilações do Corinthians nesta edição do Campeonato Paulista.

Análise: lições de um jogo duro

Apesar da derrota expressiva, o Corinthians sai do Pedrocão com algumas lições importantes. A equipe demonstrou, especialmente no primeiro tempo, que pode competir mesmo diante de adversários mais estruturados. A liderança de Elinho em quadra, a entrega de Munford e a evolução tática em determinados momentos são aspectos que devem ser valorizados.

No entanto, é evidente que a equipe ainda sofre com quedas de rendimento, dificuldades na transição defensiva e erros em momentos decisivos. Diante de uma equipe como o Franca, qualquer vacilo é potencializado. Faltou um pouco mais de frieza e concentração nos momentos em que o jogo ainda estava aberto.

Agora, o time de Jece Leite precisa assimilar a derrota com serenidade, corrigir os erros identificados e seguir trabalhando. O Paulista é uma competição longa, com margem para crescimento e correção de rota. O confronto contra a LSB, fora de casa, será crucial para retomar a confiança e não deixar a sequência de resultados negativos se alongar.

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